Homem Cultura e Sociedade
Interativas
Produção Textual em Equipe
Disciplina: Homem, Cultura e Sociedade
Docente: Márcia Bastos
TEXTO 2
VAMOS DAR UM ROLEZINHO?
Editorial do jornal tenta decifrar a lógica desse novo fenômeno, em que a cultura da periferia provoca a classe média, mas sem violência; “Igualdade e desigualdade, provocação e inofensividade, celebração e medo se misturam nos “rolezinhos”; num plano mais abstrato, ordem e progresso, ao lado de desordem e estagnação, fazem do fenômeno um retrato especialmente nítido do Brasil de nossos dias”, diz o texto:
Como decifrar a lógica dos “rolezinhos”, fenômeno social novo, conduzido por jovens da periferia, que levam novas formas de cultura e afirmação social para espaços típicos da classe média, como os shopping-centers?
A Folha de S. Paulo, em editorial publicado nesta quinta-feira, dá sua interpretação: “Rolezinhos” O objetivo seria “tumultuar, pegar geral, se divertir, sem roubos”. Assim é definido, por seus próprios participantes, o “rolezinho”, que chegou a reunir 6.000 jovens da periferia numa única ocasião. No dia 7 de dezembro, foi esse o número dos que atenderam à convocação das redes sociais para um encontro num shopping paulistano. Também a polícia compareceu, como é recomendável e de praxe em aglomerações dessa monta. Parte dos frequentadores do centro comercial assustou-se com a cena, que, sem ser prenúncio de atividade criminosa, não escondia suas intenções contestatárias. Trata-se de questionar a cultura do consumo, o exclusivismo dos espaços frequentados pelas classes abastadas e a suposta discriminação racial que lhe seria subjacente. “É arrastão”, exclamou alguém. Deu-se o corre-corre, e quatro jovens terminaram sendo encaminhados à delegacia mais próxima. Conseguiu-se, assim, colocar o “preconceito social” em primeiro plano. Mas é de perguntar o quanto há de discriminatório na atitude dos que, cientes do risco real de arrastões e vandalismo no Brasil,