Hochman, g., & fonseca, c.m.o. o que há de novo? políticas de saúde pública e previdência, 1973-45. in: pandolfi, d.(org). repensando o estado novo. rio de janeiro: ed. fgv, 1999, p. 73-93.
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O texto “O que há de novo? Políticas de Saúde Pública e Previdência, 1937-1945”dos autores Hochman e Fonseca inicia fazendo referência a Belizário Penna, o mais expressivo e radical expoente do movimento sanitarista da República Velha. Ele trabalhava no sentido de aumentar a responsabilidade governamental nas áreas de saúde e saneamento. Em sua obra “Saneamento do Brasil”, Penna criticava o federalismo, as oligarquias corruptas e a constituição de 1981, sendo isso tudo considerado barreira para o combate de endemias das populações do sertão do Brasil. Sendo assim, objetivo dos autores foi caracterizar a política de saúde pública do Estado Novo, buscando identificar continuidade e inovações em relação a República Velha e discutir o impacto sobre as décadas posteriores. Os autores ressaltam ainda, que a política da previdência social dos anos 80 inaugurou um processo lento, desigual nos permanente de incorporação dos trabalhadores às formas de proteção política.Na primeira parte foi descrito o desenvolvimento da agenda sanitarista da República Velha e seu legado. Os autores ressaltam que a reforma da saúde pública nas últimas décadas da Primeira Revolução foi importante no processo de construção de uma ideologia de nacionalidade com impactos na formação do Estado brasileiro.
A primeira fase do movimento sanitarista, sob a gestão de Oswaldo Cruz teve como principal característica a ênfase no saneamento urbano do Rio de Janeiro e o combate às epidemias de febre amarela, peste e varíola. As políticas públicas de saúde tinham como objetivo livrar o país dos prejuízos causados no comércio exterior pelas péssimas condições sanitárias da capital federal e de seu porto. Já na segunda fase do movimento, a característica foi o saneamento rural com o combate a três endemias (ancilostomíase, malária e mal de Chagas). Sendo uma grande conquista dos militantes do “saneamento do Brasil” foi a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública caracterizada por seu uma agência