Hobsbawn, Eric. 1997 – Sobre História. Tradução: Cid Knipel Moreira – São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
“Já disse que toda história é história contemporânea disfarçada. Como todos sabemos, existe algo de verdade nisso”.(p. 243)
“[...] Infelizmente, até onde sei, nem um só jornalista captou aquilo que, para todos os europeus instruídos de meu tempo, era uma referência óbvia”. (p. 244)
“[...] também termina em Saravejo, ou melhor, com o colapso dos regimes socialistas da União Soviética e consequentemente da metade oriental da Europa”. (p. 244)
“Entretanto, a mera expressão ‘nosso próprio tempo’ desvia-se de uma questão importante. Ela supõe que uma experiência individual de vida também seja uma experiência coletiva. Em certo sentido, isso é obviamente verdade, ainda que paradoxal. Se a maioria de nós reconhece os principais marcos da história mundial ou nacional em nosso tempo de vida, não é porque todos passamos por eles, muito embora alguns de nós possam de fato tê-lo feito ou mesmo ter percebido na época que eram marcos.[...]” (p. 244)
“[...] É provável que não existam mais que meia dúzia de datas que são marcos simultâneos nas distintas história de todas as regiões do mundo”. (p. 244)
“[...] Todo historiado tem seu próprio tempo de vida, um poleiro particular a partir do qual sondar o mundo”. (p. 244)
“[...] A seu próprio modo, cada um dos outros historiadores com certo gosto por uma introspecção analítica provavelmente possui a mesma impressão”. (p. 245)
“Se isso é assim para historiadores da mesma idade e antecedentes, a diferença entre gerações é suficiente para dividir profundamente os seres humanos[...]”. (p. 245)
“[...] A discussão não gira em torno dos fatos, sequer dos fatos antecedentes[...]”.(p. 245)
“[...] não esteja certo em retomar a defesa dos apaziguadores – uma coisa muito cômoda para um historiador que está em seus trinta anos, mas quase impossível de ser considerada, e muito menos de ser feita, por