Hobsbawn - Era dos Extremos
As instituições da democracia liberal haviam avançado politicamente e o barbarismo ocorrido entre 1914-18 apenas apressou esse avanço, com exceção da Rússia todos os regimes que emergiram da Primeira Guerra eram basicamente parlamentaristas representativos eleitos.
Porem Hobsbawm vai atentar que nos 23 anos que separam ao inicio da “Marcha para Roma” de Mussolini e o auge do sucesso do Eixo na II Guerra Mundial vê-se uma retirada acelerada das instituições políticas liberais. Nas Américas haviam poucos estados independentes não autoritários.
Pode-se dizer que durante o entre guerras houve no globo muitas movimentações às vezes para a direita e outras para a esquerda, rumo a regimes autoritários. O liberalismo fez uma retirada durante a Era das Catástrofes e esta se acelerou depois que Hitler se tornou chanceler.
O autor vai atentar para o fato que nesse período as ameaças às instituições liberais vinham apenas da direita, e que apenas entre 1945-1989 essa ameaça veio do comunismo, a URSS depois da ascensão de Stalin não podia nem queria espalhar o comunismo, então o perigo vinha exclusivamente da direita, e é importante lembrar que todas as forças que derrubaram os regimes liberais eram fascistas. Hobsbawm vai destacar os movimentos que segundo ele podem verdadeiramente ser chamados de fascistas. O primeiro deles seria o movimento que se deu na Itália, porem o autor vai destacar que sem o triunfo de Hitler o fascismo e a ascensão internacional da Alemanha o fascismo não teria se tornado um movimento