HOBSBAWM, Eric. A Era das revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, Cap. XIII: “A ideologia secular”, p.325-349.
O progressistas eram extremamente individualistas, apostavam na revolução pelas ciências mais influenciadoras do desenvolvimento tecnológico e buscavam a felicidade como bem individual, mas aquém disto, social, portanto, todos que quisessem poderiam ser felizes no modo utilitarista de ser na sociedade, sendo livres para fazer da sua propriedade quaisquer coisa a que quisessem. Estes apostavam na “evolução” da civilização através do capitalismo, seus meios de produção e mão de obra.
Hobsbawn explica que devido a catástrofe da desvalorização social, na qual diversas suposições fundavam-se, como por exemplo a expansão da satisfação por meio do liberalismo, nasceram críticos como David Ricardo que ao analisar os efeitos da individualidade encontraram “erros”, e a partir disto recriaram ideais de um liberalismo mais distribuído, de fato, atingindo a todos , tanto trabalhadores quanto industrialistas. Findou-se então, no descontentamento da classe baixa, levando a revolução de 1830, onde a democracia, amplamente rejeitada pelos liberais, passou então a inimiga. Logo, surgem os primeiros vestígios de novas racionalizações, nasce assim o socialismo, mas sem a ideia de estancamento do progresso, apenas com modificações afim de levar a tão sonhada satisfação a todos, como cita Hobsbawn nas palavras de Robert Owen; “ a felicidade não pode ser obtida individualmente... ... todos devem compartilhar dela ou então a minoria nunca será capaz de gozá-la.” Pág. 335.
De acordo com o texto, haviam diversas vertentes políticas e idealistas, como os liberais, os comunistas, os socialistas e os anarquistas, os quais tinham todos um ideal comum, a eliminação de um governo coercitivo. Para o Socialismo,