Hobbes e Marx enquanto construtivista e Burke como exemplo de evolucionismo
Centro Técnico Científico
KAG
Segunda Avaliação/2013.2
Introdução a Ciências Sociais – HIS1001
Departamento de História
Rio de Janeiro Dezembro de 2013
G2 – Segunda Avaliação/2013.2
Com referência ao texto de Hayek (Razão e Evolução), caracterize o pensamento de Hobbes e Marx enquanto construtivista e Burke como exemplo de evolucionismo.
Uma das ansiedades de Hayek consiste no fato de resgatar a correta epistemologia para se pensar uma ordem liberal. Ele parte de uma bipolaridade: a oposição entre duas perspectivas para se avaliar as instituições e práticas humanas. A primeira é racionalista e privilegia o planejamento: “racionalismo construtivista”; a segunda é evolucionista e enfatiza o surgimento espontâneo das instituições e práticas: “racionalismo crítico” ou “evolucionista”. Cada uma delas nos conduz em sentidos distintos, tanto do ponto de vista descritivo quanto do ponto de vista prescritivo.
Analisando o ponto de vista descritivo, o racionalismo construtivista implica que todas as instituições e práticas benéficas à vida em sociedade originaram-se graças à criação deliberada de alguma mente. O racionalismo construtivista exige, desse modo, que o simples fato de existirem instituições, já comprova que elas foram criadas intencionalmente pelo homem. O que está pressuposto no racionalismo construtivista é que a mente humana é capaz de apreender todos os dados relevantes da realidade social e, com base neles, pode criar ou ajustar racionalmente as instituições sociais para que cumpram fins específicos.
Em contrapartida, a perspectiva evolucionista, defendida por Hayek, alude o caminho oposto. Ela sinaliza que existem limites para o que podemos realizar deliberadamente e aponta que certas esperanças não constituem mais do que meras e perigosas ilusões. Esses limites da capacidade de realização são consequência dos limites cognitivos inerentes ao homem: é