HOBBES, Thomas. Leviatã.
Introdução
As máquina são como seres humanos artificiais criadas pelo homem através da arte. As máquinas possuem vida artificial. “Pois o que é o coração, senão uma mola; os nervos, senão outras tantas cordas; e as juntas, senão outras tantas rodas, imprimindo movimentos ao corpo inteiro, tal como foi projetado pelo Artifície?”
Definição de Estado: a arte vai mais longe ainda, imitando aquela criatura racional, a mais excelente obra da natureza, o Homem. Porque pela arte é criado aquele grande Leviatã a que se chama Estado (…) que é senão um homem artificial, embora de maior estatura e força do que o homem natural, para cuja proteção e defesa foi projetado.
“Os pactos e convenções mediante os quais as partes deste Corpo Político foram criadas, reunidas e unificadas assemelham-se àquele Fiat, ao Façamos o homem proferido por Deus na Criaçao.”
(Latim) Fiat - Faça-se; seja feita.
Serão examinados:
matéria e seu artifície: ambos são o homem convenções o que é Estado Cristão o que é reino das Trevas
Sobre o primeiro aspecto o autor sugere um ditado que diz: “Nosce te ipsum, Lê-te a ti mesmo. (…) ...quem quer que olhe para dentro de si mesmo, e examine o que faz quando pensa, opina, raciocina, espera, receia, etc...e por que motivos o faz, poderá por esse meio ler e conhecer quais são os pensamentos e paixões de todos os outros homens, em circunstâncias idênticas.”
Para o autor esta é a melhor foma de conhecer os homens: conhecendo a ti mesmo. O autor não julga válido analisar os homens através de suas ações porque as circunstâncias que interferem nas mesmas são infindáveis e é muito difícil decifrá-las, é quase como tentar abrir uma porta sem ter a chave.
Talvez até seja possível a algum homem ler seus conhecidos e conhecê-los por seus atos, mas um governante é incapaz de conhecer um nação inteira. O governante deve conhecer a si mesmo a fim de conhecer o gênero humano.
Do homem
Cap XIII – Da condição natural