Hitler
Entre os brasileiros, as idéias de Hitler e Mussolini tinham um correspondente fiel: o integralismo. Assim como nazistas alemães e fascistas italianos, os integralistas pregavam disciplina militar, superioridade dos brancos, nacionalismo radical, anti-semitismo, governo autoritário e luta contra o comunismo.
Eram liderados por intelectuais como o jornalista Plínio Salgado e os advogados Gustavo Barroso e Miguel Reale. O partido contava com uma milícia cujos membros, para se cumprimentar, levantavam o braço direito e diziam “anauê”, que, em tupi, significa “você é meu irmão”. Os “irmãos”, é claro, não incluíam negros, judeus e estrangeiros.
O racismo por vezes acabava em violência, como em 1936, quando, durante um desfile, milicianos espancaram negros no centro do Rio. A Ação Integralista Brasileira, que chegou a dividir o mesmo escritório com sedes do Partido Nazista em cidades como Rio do Sul, em Santa Catarina, elegeu oito prefeitos nesse estado em 1936, quando chegou a ter entre 600 mil e 1 milhão de membros. Tamanha popularidade daria a Salgado grandes chances na eleição presidencial de 1938. No entanto, em setembro de 1937,
Vargas deu um golpe de Estado e se tornou ditador. A desculpa para o surto autoritário foi a descoberta do Plano Cohen, que revelaria um projeto comunista contra o governo, mas que na verdade era uma papelada falsa de autoria do capitão do Exército Olympio de Mourão Filho, notório simpatizante das teses integralistas. Apesar de apoiar o golpe de Getúlio, foram alijados do poder e o partido foi proibido. Em