Hitler
“Adolf Hitler, um austríaco tosco, rude, inculto, usou técnicas sofisticadíssimas de manipulação da emoção para se agigantar no inconsciente coletivo de uma sociedade à qual não pertencia, a Alemanha. É provável que fiquemos perplexos ao passearmos pela infância e formação da personalidade do adulto que se tornou um dos maiores monstros, se não o maior sociopata da história, mas ficaremos igualmente impressionados com a complexidade de sua mente e com o magnetismo social fomentado por ele e seus asseclas, em especial Goebbels, seu ministro de Propaganda. Antes de devorar os judeus, eslavos, marxistas, homossexuais, ciganos, maçons, Hitler usou estratégias impares para devorar a alma dos alemães, um dos povos mais cultos do seu tempo, portador provavelmente da melhor educação clássica.”
O trecho acima reportado é o prefácio do livro “O Colecionador de Lágrimas: holocausto nunca mais”, do psicanalista, psicoterapeuta, cientista, escritor e autor da teoria da Inteligência Multifocal, Dr. Augusto Cury. Trata-se de, em suas palavras, “um romance histórico-psiquiátrico sobre o drama da II Guerra que o levará a profundas reflexões”. O enredo trata-se de um professor que tenta explicar aos alunos como um homem como Hitler conseguiu manipular uma sociedade fragmentada de forma tão brutal, aplicando análise psicológica.
Adolf Hitler, considerado por muitos como um dos maiores vilões da história, nasceu em um povoado austríaco, centro de médiuns e videntes, com um ambiente psiquicamente carregado que influenciou sua visão da realidade. Como queria se tornar artista, Hitler candidatou-se à Academia de Belas Artes de Viena, mas não teve sorte e seu pedido foi recusado. Como ele passava a maior parte de seu tempo livre com ocultistas e extremistas dos dois lados do espectro político, acredita-se que essa convivência tenha influenciado seu desenvolvimento intelectual e reforçado seu ódio pela classe média,