Em 1999 o governo federal por meio do Programa Comunidade Ativa em parceria com o SEBRAE implantou no município de Lago do Junco uma das cinco experiências - piloto de Desenvolvimento Local, Integrado e Sustentável ( DLIS) no Maranhão. Lago do Junco fica a 315 Km capital São Luís. Em 2000 o município tinha a população de 9.211 pessoas, sendo que a maioria vivia na zona rural, estatisticamente o município sempre apresentou indicadores socioeconômicos inferiores aos demais da região. O município era pequeno e tinha poucos recursos, na educação o material didático fornecido pela prefeitura era insuficiente para todo o ano letivo e não haviam bibliotecas nas escolas. Havia a necessidade de variar o cardápio da merenda e também melhorar a higiene e cuidado na preparação dos alimentos e a fiscalização. Também havia a necessidade de implantação de novos cursos para atender a população já que o único curso oferecido era o magistério. Na saúde o Índice de Desenvolvimento Humano era um dos mais baixos do estado, o município não tinha sequer um posto médio, os casos mais graves eram atendidos no município vizinho Lago da Pedra. Em 1997 iniciou-se a reorganização dos serviços de saúde com a implantação de programas voltados a área da saúde pública. Cerca de 72,8% da população era atendida pelos 28 Agentes Comunitários de Saúde. O DLIS procurou valorizar a participação comunitária e estimulou o comprometimento dos moradores com a questão do desenvolvimento e a partir dai procurou desenvolver lideranças capazes de dar sustentação a ações que visassem a promoção do desenvolvimento. Com uma parceria entre a Prefeitura Municipal a Arquidiocese e as lideranças locais formou-se o Fórum de Desenvolvimento Local em Lago do Junco que em novembro de 1999 fez um diagnóstico socioeconômico e identificou entre outras potencialidades locais a diversidade da flora medicinal e a tradição cultural no cultivo e utilização dessas plantas fazendo com que fosse colocado na agenda