Históricos de Tintas
• A tinta no Brasil
A história da indústria brasileira de tintas tem dois começos, igualmente dignos, igualmente significativos. O primeiro, em 1886, na cidade de Blumenau, Santa Catarina. O segundo, em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Os 18 anos e os mil quilômetros que separam as duas iniciativas não representaram grande diferença, se considerarmos as semelhanças entre os empreendedores e suas realizações. Os pioneiros são Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da usina São Cristóvão. Emigrantes alemães. Traçando seus caminhos na virada do século XIX, eles foram espectadores e personagens dos primórdios da industrialização do país acrescentando, cada um a seu modo e vocação, uma parcela de progresso à nossa cultura e desenvolvimento econômico.
A primeira fase, dos grandes pioneiros, tem início com a fundação da Usina São Cristóvão, em 1904, e se estende até a implantação no Brasil da Sherwin-Williams, em 1944.
O segundo período engloba os eventos compreendidos entre achegada da Sherwin-Williams e a implantação da Glasurit no Brasil. Significativamente são duas empresas internacionais que, com diferença demais de 20 anos, entram no mercado através da aquisição do controle acionário de indústrias brasileiras: a Superba, em 1944, e a Combilaca, em1967. É da mesma forma, dois marcos mercadológico bastante definido. Os americanos da Sherwin-Williams trazem a indústria brasileira para a realidade tecnológica do século XX. A entrada da Glasurit no Brasil, associação promovida pela Combilaca, vai iniciar um processo de concentração industrial irreversível.
A terceira fase da indústria de tintas no Brasil está claramente marcada pelo progresso de internacionalização que presidiu a economia do país a partir da segunda metade dos anos 60. Antes disso, é claro, algumas empresas internacionais já haviam se estabelecido no país. Além da Sherwin-Williams, já vieram a Internacional e a Atlantis (na