Histórico e surgimento da psicologia humanista
Entre o final da década de 50 e início da década de 60, nascia, opondo-se à Psicanálise e ao Behaviorismo, a terceira força da psicologia, a Psicologia Humanista. Abraham Maslow e Anthony Sutich foram os grandes articuladores e organizadores desse movimento, porém, o Humanismo recebeu influências de várias escolas, pensadores e movimentos, não possuindo um fundador ou autor específico. Até mesmo os movimentos de contracultura que ocorriam naquela época, influenciaram e foram influenciados por essa nova corrente. Abraham Maslow era um psicólogo experimental com interesses pouco afinados com as correntes já existentes, o que tendia a leva-lo ao isolamento profissional e intelectual. Seus artigos não se encaixavam em nenhuma linha editorial e teórica das revistas técnicas de então, o que tornava muito difícil a publicação de suas ideias. Foi diante dessa situação que Maslow decidiu criar uma rede de correspondência, a qual recebeu o nome de Rede Eupsiquiana, da qual participariam psicólogos e grupos com pensamento menos ortodoxo e ideias mais próximas as suas. Dentre os vários correspondentes, o psicólogo Anthony Sutich tornara-se ativo participante da Rede e ao final dos anos 50, percebendo juntamente Maslow que uma nova força da psicologia estava se formando, surgiu a ideia de fundarem uma revista própria para a publicação de artigos ligados a essa nova corrente. A revista recebeu o nome de Psicologia Humanista e obteve tanto sucesso com suas publicações a partir de 1961, que em 1963 foi criada a Associação Americana de Psicologia Humanista. Diferentemente do Behaviorismo, que tem como “pai” John B. Watson, e da Psicanálise, centrada nas ideias e conclusões de Sigmund Freud, o Movimento Humanista surgiu a partir da união das ideias de vários pensadores e grupos diferentes que tinham em comum a discordância com o que diziam as duas correntes já existentes e direcionavam seus estudos aos mesmos tópicos e