Histórico sobre a leitura
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O ler para nós hoje em dia é tão natural que poucas vezes nos preocupamos em saber sobre o histórico dessa habilidade da humanidade que há tempos perpetua entre a sociedade.
A leitura sempre foi associada à escrita (conhecimento do alfabeto), sendo assim juntamente a mesma sofreu várias transformações ao longo dos anos, variando em função das práticas sociais e das técnicas de impressão da escrita de cada época, mas, por tempos também não foi lhe dado o devido valor e consideração.
Segundo Platão, a leitura tornaria os homens esquecidos, pois deixariam de cultivar a memória confiando apenas nos livros escritos, lembrando-se apenas do assunto exteriormente por meio de sinais e não por si mesmos. Nesse mesmo contexto de acordo com Barbosa:
As poucas palavras escritas por Cristo foram registradas na areia e apagadas pelas águas, Sócrates nada escreveu, o mesmo ocorrendo com Buda. Para Platão os livros eram esfinges que permaneciam mudas diante das perguntas humana. O pensamento vivo nas mentes dos discípulos era a pretensão do filósofo Pitágoras, que afirmava “a liberdade de continuarem pensando o pensamento inicial do mestre”. O diálogo, estratégia básica de transmissão e avanço do saber, era registrado posteriormente no escrito; mas as técnicas de notação manual dificultavam sua elaboração e propagação. O escrito era visto como sucedâneo do oral e, assim, pouco valorizado (BARBOSA 1994, p. 97).
Durante a Antiguidade era comum o uso da retórica como forma de comunicação, sendo esta mais eficiente em induzir o pensamento. As pessoas dessa época eram mais ouvintes do que propriamente leitores, apesar de Roma e Grécia já existirem pessoas que dominassem as técnicas da leitura.
A conservação do pensamento era feita no volumens, um rolo de papiro, com colunas estreitas, sem espaço entre as palavras, sendo assim, a leitura tornava-se difícil, impedindo antecipações e retornos no ato de ler. Apesar das dificuldades