Histórico sobre desenvolvimento energético
Em função do amplo tema a que esse reduzido texto se propõe a analisar, deve-se, antes de mais nada, avaliar num plano, sobretudo epistemológico, qual será o recorte temporal utilizado para tal assunto. Pois, se poderia começar, muito bem, pela descoberta do fogo como o primeiro fator de desenvolvimento tecnológico, e a partir de então descrever cronologicamente todas as etapas da evolução energética até os dias de hoje. Contudo, isso consumiria capítulos e mais capítulos de análise, e este não é o objetivo deste trabalho. Por isso é que tal texto utilizará o século XIX como ponto de partida, mais especificamente a partir da Segunda Revolução Industrial, mostrando o desenvolvimento das variadas formas de energia e sua relação com o capitalismo. Comecemos então, a abordar os fatores que possibilitaram o desenvolvimento de tal revolução na Inglaterra, que podemos enumerar como os seguintes: destruição das relações feudais agrícolas, fim do campesinato e conseqüente migração para as cidades, acumulação de capital (no período mercantilista com a vantajosa relação de trocas entre as colônias) e gastos produtivos (eram baixas as necessidades dos investimentos iniciais requeridos para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, bem como para a formação do capital inicial em ramos específicos). Todos os fatores expostos acima abrangem tanto a “primeira” quanto a segunda Revolução Industrial. No entanto, o que torna a segunda nosso foco, é que nesta, além de se aprimorarem as bases deixadas pela primeira, novas e mais potentes fontes energéticas foram desenvolvidas. Devendo-se a este contexto, o início da utilização do petróleo e da energia elétrica, como forças motrizes de determinadas indústrias, bem como, o aparecimento de indústrias petro-químicas entre outras, grande utilizadoras de petróleo como insumo. Além da emergência dos Estados Unidos como centro hegemônico mundial, em substituição