Histórico setor calçados
a. Histórico
As atividades do setor calçadista no Brasil se iniciaram no século 19. Imigrantes alemães e italianos implantaram, sobretudo no Rio Grande do Sul, muitos curtumes aproveitando a grande oferta de matéria-prima, o couro cru, na região.
A maior concentração de curtumes ocorreu na região do Vale dos Sinos (RS). Outra região de destaque da atividade foi a da cidade de Franca (SP).
A produção de calçados, inicialmente em pequena escala, era feita principalmente por artesões que utilizavam o couro processado nos curtumes. A partir da década de 1870, com o advento das máquinas de costura, surgiram as primeiras fábricas.
Com os avanços tecnológicos vindos da Europa no final do século 19, a produção de calçados passou por uma transição de uma característica ainda artesanal para uma atividade fabril.
Entre as décadas de 1920 e 1960 o setor passou por uma fase de relativa estagnação, embora o início do processo de exportação tenha acontecido justamente nessa época, durante a II Guerra Mundial através do fornecimento de cortunos para o exército Venezuelano.
Após 1960 o setor voltou a crescer impulsionado pelo comércio de calçados com os EUA. A região do Vale dos Sinos (RS), mais especializada em calçados femininos, e a região da cidade de Franca (SP), fornecedora de calçados masculinos, eram os principais pólos produtores.
Esse movimento crescente de comercio interno e externo se deu por ações coletivas de empresas identificando mercados externos potenciais e, principalmente, por incentivos à exportação introduzidos pelo governo. Esses incentivos foram fundamentais para atendimento às exigências de importadores de lotes maiores e padronização de produtos.
Assim, na década de 1970 o setor de calçados já desempenhava importante papel na exportação nacional. Isso impulsionou o desenvolvimento de setores de máquinas e equipamentos voltados para o setor calçadista, instalando-se principalmente no Rio Grande Sul.
A década de 1980