Histórico da União Europeia à luz de teorias de integração regional
A Europa tem um grande histórico de conflitualidade. Visto a necessidade de garantir a paz, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, projetos de integração foram estudados por parte dos Estados. Nesse período, as propostas tiveram auxílio de demandas políticas para que de fato ocorresse a integração.
O processo de integração europeu contou com diversas instituições desde seu início até a fase atual, tornando o processo cada vez mais complexo. No mesmo período da criação dessas instituições, foram também formuladas teorias que visavam explicar como tal fenômeno evoluía, bem como seus impulsos.
Na primeira parte do ensaio, será apresentado um histórico evolutivo do processo de integração europeu. Em seguida, na segunda parte, será feita a análise, à luz das diversas teorias do regionalismo, das motivações que levaram os Estados a se integrar. A primeira parte será dividida segundo a classificação de fases propostas por Frank Pfetsch.
DESENVOLVIMENTO
Histórico da Integração Européia
Pelas análises históricas sobre as linhas de integração europeia, pode-se afirmar que elas partem de três impulsos: alianças clássicas no sentido de promoção de maior equilíbrio de poder, projetos de unificação consistindo no comprometimento de uma potência dominante em estruturas abrangentes e fator econômico em função de uma Europa fragilizada após duas grandes guerras.
Fase de incubação (1945-1950)
Após a sucessão de duas grandes guerras, a Europa se via arrasada tanto politica como economicamente, e a guerra nos “moldes clássicos armamentistas” foi substituído pela Guerra Fria. Logo, com a necessidade de cooperação econômica interna, o progresso tecnológico que demandava um mercado igualmente vasto.
O foco na reconstrução econômica no pós-guerra promoveu uma integração econômica crescente no continente e então, apoiado pelo Plano Marshall, surge a Europa Econômica. Institucionalmente, a Europa Econômica estava vinculada aos Estados Unidos via Organização