Histórias de leitura
Márcia Abreu trouxe um pouquinho da história da leitura, talvez o lado que poucos conhecemos, de forma clara e objetiva mostra dois lados da leitura: a leitura como fator determinante para o sucesso das pessoas e a leitura como mal estar, que causa prejuízos físicos e psíquicos no sujeito. Confesso que algumas informações e colocações da autora me surpreenderam, mesmo já tendo lido algo a respeito do assunto. A exemplo quando ela trás por meio da citação de Tissot (1775) que a leitura era considerada um perigo a saúde, pois prejudicaria os olhos, o cérebro, nervos e estomago. Claro que esse era um meio que os grandes intelectuais da época encontravam para mistificar que a leitura era algo ruim, tudo isso amparado por uma ideologia vigente. Outra colocação que me surpreendeu foi quando ela diz que se leem muitos livros, mas livros inadequados e cita os de autoajuda, ficção científica, história em quadrinhos dentre outros como livros ruins e segundo a autora “deixam de ler os bons livros” que seria aqueles avaliados positivamente pela escola. Agora pergunto, será que um “Outro” pode dizer qual é a melhor leitura para mim? Quando li esse texto lembrei-me da minha história de leitora quando os professores não incentivava outra leitura a não serem as obrigatórias para a escola e muitas vezes insinuavam que outros tipos de leitura era perda de tempo. E há algum tempo venho me questionando o que seria a leitura ideal? E acredito que a leitura ideal é aquela que faz algum sentido e significado para meu mundo, que venha suprir minhas expectativas, conforme meu gosto ou interesses, ou seja, aquela que fala e interpreta a minha realidade ou a do outro, mas pelo meu olhar e é por isso que gostamos de tipos diferentes de leitura. É muito mais fácil, a partir do nosso gosto, julgar uma obra como ruim, do que julgá-lo pelo que ela é, naquilo que ela representa no contexto daquele sujeito. A interpretação de uma obra não é uma tarefa fácil e muitas vezes