Exílio! A Família Imperial foi toda chutada para longe daqui, sem um centavo no bolso, pois Dom Pedro II recusou o valor de quatorze toneladas de ouro, mas em réis. Cês têm noção do que é isso? Se Dom Pedro aceitasse aquela quantia, seria fácil comprar e recrutar mercenários e voluntários na França, alugar navios e aportar na Bahia, onde se localizava um dos focos de resistência monárquica, ou na capital, o Rio de Janeiro, onde diversas vezes a Marinha, sucateada, se revoltaria pois, há (na época) poucos anos atrás, era tratada com respeito, dignidade, verbas e inovação armamentista; e viraria os canhões contra os republicanos. Dom Pedro II espalhasse um panfleto no Rio e em Salvador, ou também em Belém do Pará, e o povo no mesmo momento se ergueria em rebelião. Não estou sendo exagerado não senhores, o apoio popular à Monarquia era enorme, sendo uma confusão e comoção geral quando o povo entendeu que a Monarquia havia sido deposta. O ignorante e analfabeto povo brasileiro choraria pelo fim de um governo, e choraria calado, pois a censura total aos meios de imprensa estabelecida nos anos da República da Espada (1889-1895 acho) e mantida mais branda na República Oligárquica (1895-1930), novamente engrossada com Vargas, o DIP e o Estado Novo (1930-1945), acabando por um tempo até 1964 e que ainda não terminou por completo, impediria todo e qualquer monarquista de expressar publicamente suas opiniões. Mas ainda assim, embora a República tentasse desconstruir o Império, seus feitos e suas memórias, o povo protestaria calado. Em cada casa antiga mantida, em cada brasão imperial que continuaria erguido, nas famílias dos barões leais, que passariam a palavra monárquica, a vela da Monarquia não se deixaria apagar. Tentaram fazer em 1993 piada da cara dos brasileiros, um plebiscito fajuto e forçado, em que a Campanha Monarquista foi entregue ao Ramo de Petrópolis (que nem se todos do ramo de Vassouras morressem herdaria o Trono) para, em dois meses e sem recurso algum,