História
Por Douglas Barraqui
Considero a educação uma das práticas mais humanas, levando em consideração o seu significado e influência no caráter existencialista do homem. Assim sendo com base em dois autores bem didáticos, Maria Lúcia Aranha e Moacir Gadotti, tracei um esboço de como a educação era pensada em Roma e qual era o ideal de homem romano. Para tanto, preocupei-me em delimitar algum paralelo com o pensamento pedagógico dos gregos, que de certo modo e até certo grau, influenciou a educação romana.
Os romanos, bem como os gregos, não valorizavam o trabalho manual, seus estudos eram essencialmente humanistas. O que viria a ser humanistas? Roma desenvolveu a concepção de império formado de vários povos, sem discriminar os vencidos e ainda lhe dando o direito a cidadania romana, em troca do pagamento de impostos. Humanitas: é pensar uma cultura universalizada. Equivale à Paidéia grega, distingue-se dela por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e, sobretudo cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o homem, em todos os tempos e lugares. É uma concepção que não se restringe ao ideal de homem sábio, mas se estende à formação do homem virtuoso, como ser moral, político e literário. A humanistas, dada na escola romana, seguia as seguintes fases:
Ditado de um fragmento do texto, a título de exercício ortográfico;
Memorização do fragmento;
Tradução do verso em prosa e vice-verça;
Expressão de uma mesma idéia em diversas construções;
Análise das palavras nas frases;
Composição literária;
Assim era instruída a elite romana. Enquanto os gregos e sua pedagogia enfatizavam a visão filosófica ou o predomínio da retórica, Roma, por sua vez, adotava uma postura mais gramática, voltada para o cotidiano, para a ação política. É o domínio da retórica sobre a filosofia. A agricultura, a guerra, a política constituía o programa que um romano nobre deveria realizar. Os escravos aprendiam as artes e os