História
A sociedade da borracha
Sendo Pará e Amazonas as principais regiões produtoras de borracha, detendo indiscutível monopólio, o Brasil passou a exportar toneladas de borracha, principalmente para as fabricas de automóveis norte-americanas. A rápida expansão da produção trouxe a precisão de trabalhadores para a região (necessários para a extração do látex), sendo principalmente nordestinos (pois esta mão-de-obra era mais barata), que vinham fugindo da seca, da fome, epidemias e da crise na produção algodoeira. Na verdade alguns ex-comerciantes, e até mesmo trabalhadores comuns vinham na esperança de fazer fortuna e voltar para suas famílias. A maioria dos trabalhadores eram aqueles que tinha aptidão para o cargo, a exemplo homens jovens e bem aparentados, que eram subalternos aos chamados patrões, que chegavam a financiar a vinda de emigrantes nordestinos para a Amazônia.
Por que não usar os escravos?
Porque só era dado o trabalho a quem passasse plena confiança ao patrão, os escravos não se enquadravam nesta qualidade. Como o trabalho era realizado em lugares de difícil acesso dentro da mata, seria dificultosa a fiscalização dos escravos, que não eram vistos como dignos de confiança.
As relações de trabalho
Percorriam basicamente em torno das casas de aviamento, dos patrões e dos seringalistas. A imposição das mercadorias constituía uma forma de impossibilitar aos seringueiros a acumulação de saldos favoráveis em suas contas com o patrão, e destes com as casas aviadoras; gerando lucro ainda maior para os últimos. Antes mesmo de produzir a borracha, o patrão lhe fornecia todo o material logístico necessário à produção da borracha e à sobrevivência do seringueiro; portanto já começava a trabalhar