história J. K.
1.1 Principais Destaques
1.1.1 O apagão energético de 2001
Em 2001, a população brasileira presenciou uma ameaça de apagão elétrico e foi obrigada a adotar medidas de racionamento de energia. A população brasileira foi obrigada a mudar seus hábitos de consumo de energia drasticamente. O motivo? O risco eminente de corte de energia elétrica em todo o país, um fenômeno que ficou conhecido como apagão.
Era o último ano do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e no ano seguinte ocorreriam eleições presidenciais. A crise energética estava ligada principalmente à falta de planejamento no setor e à ausência de investimentos em geração e distribuição de energia. Durante seus dois mandatos, FHC buscou realizar uma série de medidas de enxugamento da máquina pública, que incluía a privatização de várias empresas estatais. Dentre elas, encontravam-se as empresas de distribuição de energia, essenciais ao planejamento econômico nacional, já que eram necessárias para o funcionamento das empresas. Somou-se a isso o aumento contínuo do consumo de energia devido ao crescimento populacional e ao aumento de produção pelas indústrias. Outro fator que contribuiu para agravar a situação foi o fato de que mais de 90% da energia elétrica do Brasil era produzida por usinas hidrelétricas, que necessitam de chuva para manter o nível adequado de seus reservatórios para a geração de energia. Entretanto, naquele ano houve uma escassez de chuva e o nível de água dos reservatórios das hidrelétricas estava baixo. Além disso, a ausência de linhas de transmissão impediu o governo de manejar a geração de energia de onde havia sobra para locais onde havia falta de eletricidade.
Principal fonte de energia do Brasil, as usinas hidrelétricas sofreram com a escassez de chuvas em 2001.
O governo teve que preparar um plano de contingência – baseado no acionamento de termelétricas – para a reestruturação do planejamento (com a instituição de leilões de energia futura no