História e Memória Le Goff - fichamento
DADOS
Assunto (TEMA)
Documento / Monumento
Local em que se encontra a obra:
Artigo
(BIBLIOTECA USF – 930.3L528h)
Referência bibliográfica:
LE GOFF, Jacques. História e Memória. 4. ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1996.
A memória coletiva e a sua forma científica, a história, aplicam-se a dois tipos de materiais: os documentos e os monumentos.
De fato, o que sobrevive não é o conjunto daquilo que existiu no passado, mas uma escolha efetuada quer pelas forças que operam no passado, mas uma escolha efetuada quer pelas forças que operam no desenvolvimento temporal do mundo e da humanidade, quer pelos que se dedicam à ciência do passado e do tempo que passa, os historiadores.
Estes materiais da memória podem apresentar-se sob duas formas principais: os monumentos, herança do passado e os documentos, escolha do historiador.
p. 535
[...] monumento é tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar a recordação [...] (535) tem como característica o ligar-se ao poder de perpetuação, voluntária ou involuntária, das sociedades históricas (é um legado à memória coletiva) o e o reenviar a testemunhos que só uma parcela mínima são testemunhos escritos. (536)
p. 535 – 536
O documento [...] será o fundamento do fato histórico, ainda que resulte da escolha, de uma decisão do historiador, parece apresentar-se por si mesmo como prova histórica. [...] afirma-se essencialmente como um testemunho escrito.
p. 536
A concepção de documento/monumento é, pois, independente da revolução documental e entre os seus objetivos está o de evitar que esta revolução necessária se transforme num derivativo e desvie o historiador do seu dever principal: à crítica do documento – qualquer que ele seja – enquanto monumento. O documento não é qualquer coisa que fica por conta do passado, é um produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de forças que aí detinham o poder. Só a análise do documento enquanto monumento permite à memória coletiva recuperá-lo e ao