História e estética
“O Dia Em Que as Imagens Nasceram”
O documentário que visualizamos na última aula, explora a forma como os seres humanos descobriram o poder das imagens e como esta definiu o mundo onde vivemos. Uma das grandes questões que retrata o documentário é o facto da existência dos Homo sapiens ter sido há mais de 150 mil anos atrás e só começaram a criar a arte representativa, as pinturas, há cerca de 35 mil anos (segundo os especialistas). A este facto, chamou-se “Explosão Criativa”. Mas por que razão os humanos pré-históricos apenas começaram a fazer as pinturas há 35 mil anos? A primeira descoberta, dessas pinturas, foi feita por Sautuola e sua filha Maria, em 1879, em Altamira (Espanha). As pinturas encontravam-se nas paredes e no tecto das cavernas onde ilustravam animais (bisontes, mamutes, como por exemplo) mas também formas humanas, linhas e pontos. Através delas, Sautuola, descobriu que eram pré-históricas mas as pessoas acabaram por não acreditar que fossem. Seguiram-se as descobertas de mais pinturas pré-históricas, mas desta vez em Lascaux (França), onde as imagens pareciam retratar habilidade e confiança. O pintor Picasso destacou-se dizendo “nós não aprendemos nada” ao longo dos tempos, sendo uma forma de elogiar o talento artístico do passado. Naquela época, as imagens, eram quase exclusivamente animais. Na Europa, encontrava-se especialmente cavalos, bisontes e renas. Henri Brewil, acreditava que as pinturas estavam ligadas a rituais que aumentavam as chances de uma caça bem-sucedida. No entanto, a arqueologia mais recente mostrou que os animais retratados não eram aqueles consumidos pelos pré-históricos. Na África do Sul, Lewis Williams, descobriu pinturas semelhantes mas mais recentes, nas montanhas de Drakensburg. Estas pinturas foram produzidas pelo povo de San, descobrindo também que a sua região era baseada em torno de rituais, experiências, que levavam a uma viagem para um mundo espiritual