Discuta, com base nas perspectivas da história ambiental, as semelhanças e as diferenças entre os complexos de produção do açúcar no litoral do Nordeste nos séculos XVI e XIX e de produção do café no Vale do Paraíba no século XIX: Desde cedo, quando se deu a chegada dos colonizadores em terras “brasileiras”, o aspecto econômico das terras logo prevaleceu. A colônia precisava fornecer mercadorias que fossem rentáveis no comércio europeu. O açúcar preenchia esse requisito e, logo, a costa nordestina teve suas matas derrubadas para dar lugar a um novo verde, o dos canaviais. As terras férteis eram imprescindíveis para que a lavoura de cana-de-açúcar desse resultado. A mata é queimada e, assim, o plantio da cana começa. Durante alguns anos há o replantio, mas depois que a terra apresenta cansaço é abandonada e outra área da floresta sofre esse mesmo processo. É importante lembrar que a necessidade de lenha para alimentar as fornalhas dos engenhos também contribuía para a destruição das matas, tornando os solos cada vez mais pobres. Porém, o problema da falta de lenha não tardou a aparecer. Passou a ser intensa a preocupação com a manutenção da produção e, por conta disso, torna-se necessário preservar as matas e cuidar da terra. Mas isso não se efetivou e os canaviais continuaram a se expandir. Esse espírito de preservação não quer dizer que eles tinham uma consciência ambiental; o que prevalecia era puramente o aspecto econômico. Gilberto Freyre, em seu livro “Nordeste”, faz um trabalho bastante significativo ao tratar da monocultura da cana-de-açúcar no Nordeste. Em seu estudo, ele faz o uso de um critério ecológico, considerando para isso as relações existentes do homem colonizador com a terra, com o nativo, com as águas, com as plantas e com os animais. Um conjunto de elementos contribuiu para que a colonização da América pelos portugueses fosse baseada na cana. Dentre esses elementos, o que se