HISTÓRIA E DIDÁTICA
Vê-se no I capítulo a relevância da autora Marilda Aparecida Behrens em relacionar a influência do paradigma Newtoniano-Cartesiano em vários âmbitos na sociedade, não se restringindo somente à própria educação de modo que vemos a inserção de um novo paradigma não anulando aquele, mas o moldando para as atuais mudanças que ocorrem com o passar dos tempos dentro da própria Prática Pedagógica aplicada na área educacional. A educação tem ganhado status de cidadania no nosso século, ainda há muito o que ser trabalhado, o método cartesiano do século XX formou por muito tempo as mentes da comunidade científica, contaminando os caminhos da Educação com um pensamento racional, fragmentado e reducionista, segundo a autora. O discurso do método possibilitou uma gama de possibilidades para a área da ciência, mas por outro lado veio a separar corpo e mente, entre demais áreas, que juntas só se completariam.
Tal forma de pensar, o pensamento newtoniano-cartesiano, para a educação, veio a fragmentar o saber, dividiu os cursos em disciplinas estanques, em séries, em períodos; essa visão fragmentada trouxe para professores e alunos processos que se restringem a reprodução de conhecimento. Para mudança de quadro, o paradigma deve ser superado; a passagem para um novo paradigma não é abrupta nem radical, de acordo com a autora deve-se ocorrer por meio de um processo, que vai crescendo e se construindo como legítimo e que o mesmo chega a incorporar características do velho, atendendo aos anseios de sua época.
As revoluções ocorridas nesses últimos anos tem contribuído para a mudança desse paradigma cartesiano do saber, foi uma reestruturação não só na comunidade científica como no mundo como um todo, através das novas tecnologias e dos novos meios de comunicação e a própria expansão da educação, explorando o conhecimento de todas as áreas. Nesse sentido precisa-se de uma mudança nos paradigmas, devido aos próprios anseios de uma