História Social da Imprensa
Coleta dos dados:
3. Implantação da Imprensa no Brasil
3.1 Fatores que geraram seu retardamento
“A imprensa é oficialmente implantada no Brasil em 1808, logo depois de chegar a Corde de D. João ao Rio de Janeiro, onde se instala a sede do Reino Português, impedido de permanecer em Lisboa em face da invasão francesa. ” (MARQUES DE MELO, 2003. p. 87)
“Observamos, portanto, que a implantação da imprensa não constituiu uma iniciativa isolada, mas vinculou-se a um complexo de medidas governamentais capazes de proporcionar o apoio infra estrutural para a normalização das atividades da Coroa Portuguesa, aqui instalada de modo provisório. ” (MARQUES DE MELO, 2003. p. 88)
“Numa região desprovida de oficinas tipográficas, obviamente os prelos transportados pela nau Meduza, por ordem de D. Antônio de Araújo Azevedo, depois Conde da Barca, não poderiam ficar limitadas apenas à produção de impressos oficiais. As circunstancias pelas quais a Corte emigrara para a colônia impunham um conjunto de necessidades que a imprensa viria inevitavelmente a atender. ” (MARQUES DE MELO, 2003. p. 89)
“Não é sem razão que, além do material burocrático destinado à administração real, começam a sair daquela oficina alguns livros, opúsculos e instrumentos comerciais. Todavia, o seu mais significativo produto é, sem dúvida, o jornal Gazeta do Rio de Janeiro, cujo primeiro número circula dia 10 de setembro de 1808, iniciando assim o jornalismo nacional. ” (MARQUES DE MELO, 2003. p. 90)
“Na fase em que predominou o rígido controle das atividades de impressão (1808/1820), a média de trabalhos editados anualmente naquela oficina foi na ordem de 52 unidades, quantia que se avultou para 256 nos anos de 1821/1822, quando é abolida a censura prévia no Reino, em consequência da Revolução do Porto de 1820.
Analisando o conjunto das