HISTÓRIA MODERNA E TEORIA POLÍTICA
A Reforma Protestante é um termo que designa um período da história moderna onde ocorreram varias reformas: Calvinista, Luterana, Anglicana, etc. Uma de suas principais consequências é a quebra da unidade da Igreja na Europa.
Podemos assinalar um traço comum entre os reformadores a crítica tanto da autoridade papal, quando da exclusividade da Igreja na interpretação dos textos sagrados do cristianismo. A Reforma Protestante enquadra-se na conjuntura de crise do Feudalismo e no nascimento do Capitalismo. Durante o movimento da Reforma Protestante, várias revoltas populares explodiram pela Europa, almejando uma reforma social além da religiosa. Assim, do ponto de vista econômico e social, a Reforma foi amparada pela burguesia, e também, pelo campesinato. Além disso, uma revolução religiosa daria ao Estado a oportunidade de confiscar os bens da igreja. Essas mudanças econômica-sociais e politicas criaram um ambiente propício para a explosão da reforma. Podemos notar que, à época da Reforma Protestante, havia um claro descompasso entre as necessidades espirituais da sociedade e a organização da igreja católica.
Além do movimento intelectual liderado por Roterdã, que se ligava ao humanismo, era cada vez mais evidente o contraste entre o baixo clero ignorante e uma sociedade que se diversificava e tornava-se mais lúcida e menos passível a submissões.
Atualmente, há um ponto de concordância entre os estudiosos da Reforma: não se podem buscar suas causas em um único motivo. É necessário compreender razões econômicas, políticas e sociais que possibilitaram a emergência de novas religiões.
Na Reforma Luterana, Lutero criticava os abusos cometidos pelo clero, para ele havia uma adulteração da “Palavra de Deus” cometida pela Igreja Católica. Havia também o problema das indulgências (venda do perdão aos pecados).
Após Lutero afixar 95 teses (críticas) na porta da igreja de Wittenberg em 31 de outubro de 1517, além de apresentar duas outras proposições: a