História dos nervos cranianos
O sonho
Encontrava-me em um lindo jardim, o qual era cercado de rosas e outras flores. Parei para apreciar seu agradável aroma (nervo olfatório – NC I) e admirá-las (nervo óptico – NC II), pois sua beleza era encantadora, como tudo ao redor. Não conseguia parar de olhar para todos os lados (nervo óculo-motor – NC III) e prestigiar o quão belo e magnífico era. Onde estaria? Então, meus olhos percorreram (nervo troclear NC IV) até um enorme pomar, cujos frutos estavam maduros e apetitosos. Caminhei na direção da árvore e apanhei uma de suas maçãs, pois não havia como suprimir a essa tentação sedutora de dar uma grande mordida (nervo trigêmeo – NC V). Senti que era tão macia e saborosa (nervo facial), quase indescritível, que fez meus olhos revirarem de prazer (nervo abducente).
Ao longe, passos sobre a relva me tiraram de meus devaneios e virei em sua direção (nervo vestíbulo-coclear). Avistei então ele, o homem mais lindo e perfeito, o amor da minha vida, não pude conter meus passos e corri ao seu encontro, onde seus braços já estavam abertos a me esperar. Dei-lhe um beijo apaixonado, onde pude sentir cada detalhe de sua boca (nervo glossofaríngeo) que me fizeram perder os sentidos. Tudo ao meu redor silenciou, meu corpo aqueceu ao seu calor descomunal e lembro-me de sentir somente um frio na barriga (nervo vago), parecendo que milhares de borboletas dançavam em um ritmo frenético.
Olhei-o nos olhos, aqueles olhos verdes, que combinavam com a cor de seus cabelos negros e com sua pele morena cor-de-mel, e então percebi que ele era meu. E eu era dele. Nesse instante, ele avançou sobre mim, abraçando-me, inclinando meu pescoço (nervo acessório) para que sua língua pudesse alcançar-me. E então uma sensação invadiu minha pele, a sensação de sua língua (nervo hipoglosso) percorrendo cada centímetro do meu pescoço, causando arrepios de prazer. No instante em que fui revidar para proporcionar-lhe carinho e demonstrar o quanto estava