História do Sindicalismo
2.1 – Origem do sindicalismo
O sindicalismo teve suas origens nas corporações de ofício na Europa Medieval. Estas eram associações de artesões de um mesmo ramo que se uniam em busca de garantir os interesses da classe e regulamentar a profissão. As corporações resistiram durante um bom tempo, sendo extintas em 1789 com a Revolução Francesa. Com o passar do tempo, o capitalismo foi crescendo e, conseqüentemente, a concorrência aumentava. A fim de aumentar os lucros, os empresários passaram a investir em máquinas que acabavam por substituir a mão de obra operária. Quando não demitiam os operários, ofereciam a eles condições péssimas de trabalho como, carga horária de 16 horas por dia e baixo salário. É nesse momento que surgem duas classes sociais, o capitalista (proprietário das máquinas) e o proletariado (força de trabalho). Diante dessa difícil situação trabalhista, o proletariado percebe a necessidade de se unirem e buscar melhores condições. Assim, surgem os Sindicatos. Dessa forma, eles buscavam se equiparar aos capitalistas para discutir salários e condições de trabalho. Foi neste contexto que ocorreram diversos movimentos contrários a Revolução Industrial e, até mesmo, ao capitalismo. Em 1811 foi o auge do movimento Ludista quando os operários quebravam as máquinas ao identificá-las como responsáveis pela sua miséria. No fim do século XVIII surgiram idéias liberais que colocavam em risco a existência de sindicatos. Entre elas estavam, a lei “Lê Chapellier” que proibia a existência de qualquer tipo de organização que prejudicasse a tranquilidade colectiva do trabalho, chegando inclusive a punir com prisão os participantes de associações patronais ou de operários e os Actos de Combinação da Inglaterra consideravam criminosas as organizações de operários. Uma vez que as necessidades dos trabalhadores não foram resolvidas, eles perceberam que só em grupo seria possível alcançar seus objetivos de forma organizada e,