História do Rap
A expressão RAP provém da língua inglesa, com o sentido de Rhythm And Poetry – traduzindo, Ritmo e Poesia. Este estilo é assim denominado porque mescla um ritmo intenso com rimas poéticas, integrando o cenário cultural conhecido como Hip Hop. Nascido na Jamaica, ele se transformou em produto comercializável entre os norte-americanos.
O Rap desenvolveu-se entre as classes pobres dos EUA, particularmente entre os afro-americanos e os hispânicos, que ansiavam por uma sonoridade que traduzisse seu cotidiano e sua cultura, no início dos anos 70. Na Jamaica, em meados da década de 60, o rap ganhou impulso com o aparecimento de equipamentos sonoros que eram dispostos ao ar livre nos guetos deste país, dando vida às festas produzidas nas ruas jamaicanas.
Posteriormente os bailes passaram a ter como cenários amplos locais até então usados como depósitos. Estas festas, mais aprimoradas, contavam não só com a presença de um DJ, mas também com a intervenção de um MC ou Mestre de Cerimônias, igualmente denominado ‘toaster’, o qual incitava as pessoas com palavras de ordem rimadas, traduzindo geralmente questões de ordem sócio-política, especialmente temas controvertidos.
Nos primeiros anos da década de 70, uma séria crise social e econômica atingiu a Jamaica, provocando a ida de vários jamaicanos, principalmente os mais jovens, para os EUA. Na bagagem eles traziam esta nova sonoridade, os equipamentos de som e a canção falada. Um deles, o DJ Kool Herc, foi o responsável pela inserção em Nova Iorque destes elementos essenciais do Rap.
Imediatamente este ritmo, que versava sobre os obstáculos enfrentados pelos miseráveis dos guetos das grandes metrópoles, contagiou a população sofrida dos subúrbios norte-americanos. As músicas, repletas de gírias dos grupos juvenis formados nestes bairros pobres, unidas às danças urbanas de rua, com suas coreografias velozes e acrobacias corporais, passaram a constituir rapidamente o cenário do hip hop norte-americano.