História do novo acordo ortográfico
Os países de língua portuguesa já fizeram vários acordos para tentar unificar a escrita.
O primeiro Acordo Ortográfico foi celebrado entre Brasil e Portugal em 1931, mas deixou muitas questões em aberto. No Brasil, esse acordo resultou no Formulário Ortográfico de 1943. Em 1945, houve a segunda tentativa de unificação. O Acordo se tornou lei em Portugal, entretanto não foi ratificado pelo Congresso Nacional brasileiro, que manteve o Formulário Ortográfico anterior. Outros esforços dos dois países foram frustrados em 1975 e 1986, porque houve resistência na supressão do acento gráfico nas palavras proparoxítonas.
Em 1988, foi elaborado o Anteprojeto de Bases da Ortografia Unificada da Língua Portuguesa, que resultou, em 1990, no Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O documento foi assinado em Lisboa por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Depois de conquistar a independência, Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004.
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa deveria entrar em vigor em 1° de janeiro de 1994. No entanto, apenas Portugal, Brasil e Cabo Verde ratificaram o documento.
Em 1998, foi assinado, em Cabo Verde, o Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que retirou do texto original a data de entrada em vigor, mas manteve a necessidade de ratificação por todos os signatários.
Em 2004, foi aprovado, em São Tomé e Príncipe, o Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico, que, além de permitir a adesão do Timor-Leste, previa a ratificação por apenas três membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa para que o Acordo Ortográfico entrasse em vigor nesses países.
O Brasil ratificou o Segundo Protocolo Modificativo no mesmo ano. Em 2005, foi a vez de Cabo Verde. Em 2006, São Tomé e Príncipe ratificou o Acordo e os dois protocolos modificativos.
ANGOLA: Designação