História do design (a sequencia desenho industrial da fau-usp)
A inclusão do design no curso da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, em 1962, foi resultado de um processo evolutivo de cerca de 14 anos. O responsável pelo movimento de renovação do ensino da arquitetura ocorrido nessa instituição fora João Batista Vilanova Artigas, que a partir de 1940, passou a lecionar a cadeira de estética, composição e urbanismo. Ele possuía uma visão globalizante da arquitetura. Lemos (1979) recorda que Artigas já havia experimentado essa postura na prática profissional quando, ainda estudante, trabalhou no escritório de Osvaldo Artur Bratke, arquiteto paulista. Para Artigas o âmbito de atuação do arquiteto não se restringia ao projeto da construção: havia que considerar a realidade externa e o uso dos espaços internos e seus equipamentos. Ao voltar, em 1948, de uma temporada de um ano nos Estados Unidos, Artigas assumiu uma cátedra na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Nessa condição, começou o redirecionamento do ensino da arquitetura, enfatizando o compromisso social do arquiteto e desenvolvendo nos alunos uma postura crítica em relação à produção do próprio trabalho, que deveria ter uma linguagem autônoma e independente, ser humano e tecnicamente desenvolvido, fazer a integração do homem com o espaço construído e a natureza, considerando o contexto em que se desenvolveria esse processo. Katinsky (1983) mostra que “inverte-se, assim, a função da escola: no passado ela tinha a pretensão de estabelecer as regras da atividade artística no interior da prática social. Agora ela está receptiva à expansão das propostas sociais, e nessa receptividade, estranhamente nas suas respostas, é que comprovará sua criatividade. (...)”. Numa época em que vinha se delineando no país um processo de desenvolvimento com características nacionalistas, estava criado o ambiente para que a FAU-USP formalizasse