História do cinema de terror
O curta “Le Manoir du Diable” ( “A Mansão do Diabo”, em tradução livre), de 1896, é apontado como o primeiro exemplar do terror cinematográfico. O filme do francês Georges Méliès tinha menos de quatro minutos e contava a história de um cavaleiro atormentado por ilusões após entrar na casa do diabo. Méliès, em 1895, havia feito parte da platéia que assistira, catatônica, aos irmãos Lumière projetarem o primeiro filme da história.
O cinema de terror, porém, só veio a ganhar forma a partir de 1920. Na Alemanha, o expressionismo deu origem a películas consideradas obras-primas do horror: “O Gabinete do Dr. Caligari” (1919) e “Nosferatu” (1922) definiram uma nova forma com seus personagens sombrios, fotografia gótica e distorções na imagem propiciadas por uma exagerada dramaticidade que preenchia tanto atuações quanto maquiagens e cenários. Nos Estados Unidos, clássicos da literatura macabra serviram de inspiração para sucessos de Hollywood: “Dr. Jekyll e Mr. Hyde” (1920), “O Corcunda de Notre Dame” (1923) e “O Fantasma da Ópera” (1925).
A partir dos anos 30, os produtores norte-americanos passaram a usar lendas européias para compor seus filmes. As obras ”Drácula”, de Bram Stoker e “Frankestein”, de Mary Shelley, deram origem a fitas que eternizaram esses mitos do terror e geraram um sem fim de cópias. Dessa mesma leva surgiram outros grandes clássicos: “O Retrato de Dorian Gray”, “A Múmia”, “O Homem Invisível”