história do axé
O Axé, ou axé music, é um gênero musical surgido no estado da Bahia na década de 1980 durante as manifestações populares do Carnaval de Salvador, misturando frevo pernambucano, ritmos afro-brasileiros, reggae, merengue, forró, maracatu e outros ritmos afro-latinos .
No entanto, o termo Axé é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é Axé, pois lá há o Samba-reggae, representado principalmente pelo Bloco Afro Olodum, o Samba de Roda, o Ijexá - tocado com variações diversas por bandas percussivas de blocos afro como Filhos de Ghandi, Ilê Aiyê e Muzenza, entre outros, o Pagode produzidos por algumas bandas e até uma variação de frevo.
A palavra "axé" é uma saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva. Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra em inglês music pelo jornalista Hagamenon Brito para formar um termo que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais.
Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou por todo o país (com a realização de carnavais fora de época, as Micaretas), e fortaleceu-se como potencial mercadológico, produzindo sucessos durante todo o ano, tendo como maiores nomes Daniela Mercury,Ivete Sangalo,Claudia Leitte entre outros.
As origens do carnaval como conhecemos hoje estão na década de 1950, quando Dodô e Osmar começaram a tocar o frevo pernambucano em guitarras elétricas de produção própria - (batizadas de guitarras baianas) - em cima de uma fobica (um Ford 1929). Nascia o trio elétrico, atração do carnaval baiano que Caetano Veloso chamou a atenção em 1975 na canção "Atrás do Trio Elétrico". Mais tarde, Moraes Moreira, dos Novos Baianos, teria a ideia de subir num trio (que era apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da tradição de grandes