História do aborto
A pratica de induzir forçadamente o fim de uma gestação, segundo a Antropologia, remonta à Antiguidade, onde se encontraram várias evidencias de uso de métodos que levavam ao aborto, como a utilização de ervas abortivas (como por exemplo as plantas dos gêneros Magydaris e Aristolochia), na qual a grande maioria era venenosa, com o uso de objetos cortantes, bem como a aplicação de pressão abdominal, entre outras técnicas.
A prática do aborto em tempos remotos não era fato para ser considerado como crime, apesar de existirem severas punições a praticante. É constatado que em diversos lugares a interrupção da gravidez sempre esteve presente, como uma forma de controlar o crescimento populacional, pois isto era preocupante em determinadas épocas para alguns estudiosos.
Muitos dos métodos empregados na Idade Antiga para a realização do aborto não eram cirúrgicos. As atividades físicas, como trabalho árduo, escalada, remo, levantamento de peso ou mergulho eram uma técnica comum. Outros incluíram o uso de folhas que causavam irritação, jejum, sangria, despejo de água quente sobre o ventre, ou se deitando em casca de coco aquecida. Nas culturas primitivas, as técnicas foram desenvolvidas através da observação, adaptação de métodos obstétricos e da transculturação. Descobertas arqueológicas também indicam tentativas cirúrgicas para a extração de um feto precoce, mas no entanto, tais métodos não se acredita terem sido comuns, dada a pouca frequência com que são mencionados nos textos médicos antigos.
Muito do que se sabe sobre os métodos e práticas de aborto na história grega e romana vem de textos clássicos iniciais. Aborto, como um procedimento ginecológico, era realizado principalmente por mulheres que eram tanto parteiras ou leigas bem informadas. Nos seus Teetetos, Platão menciona a capacidade de uma parteira para induzir o aborto nas primeiras fases da gravidez. Também pensa-se que era improvável que o aborto era punido na Grécia antiga. No