História, deficiência e Educação Especial–
Neste artigo, é apresentado um rastreamento histórico da Educação Especial, procurando resgatar os diferentes momentos vivenciados e objetivando compreender os fatos que influenciaram, na prática do cotidiano escolar, as conquistas alcançadas pelas pessoas que apresentam necessidades educacionais especiais.
Desde a Antiguidade, com a eliminação física ou o abandono, passando pela prática caritativa da Idade Média, o que era uma forma de exclusão, ou na Idade
Moderna, em que o humanismo, ao exaltar o valor do homem, tinha uma visão patológica da pessoa que apresentava deficiência, o que trazia como consequência sua separação e menosprezo da sociedade, podemos constatar que a maneira pela qual as diversas formações sociais lidaram com a pessoa que apresentava deficiência reflete a estrutura econômica, social e política do momento.
Durante grande parte da história da humanidade, o deficiente foi vítima de se©
Educação Física na Perspectiva da Educação Inclusiva 41 gregação, pois a ênfase era na sua incapacidade, na anormalidade. Na década de 1970 surgiu o movimento da integração, com o conceito de “normalização” expressando que ao deficiente devem ser dadas condições muito semelhantes às oferecidas na sociedade em que ele vive. Em meados da década de 1990, no Brasil, começaram as discussões em torno do novo modelo de atendimento escolar, denominado inclusão escolar. Esse novo paradigma surge como uma reação contrária ao princípio de integração, e sua efetivação prática tem gerado muitas controvérsias e discussões (MIRANDA, 2004).
A efetivação de uma prática educacional inclusiva não será garantida por meio de leis, decretos ou portarias que obriguem as escolas regulares a aceitarem os alunos com necessidades especiais; em outras palavras, apenas a presença física do aluno com
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Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO deficiência na classe regular não é