História de várzea grande.
A fundação de Várzea grande está ligada às ações empreendidas pelo governo provincial em função da Guerra do Paraguai. Em 1867, em plena guerra, o presidente da província de Mato Grosso, Couto de Magalhães, ordenou a prisão de todos os paraguaios encontrados em Cuiabá e cercanias e criou o acampamento militar na outra margem do rio, para onde os enviou, região até então ocupada pelos índios Guanás e por alguns poucos e pobres lavradores.
Várzea Grande servia de passagem e pouso para as tropas de boiadeiros que vinham de Poconé e Nossa Senhora do Livramento, e dada a habilidade dos paraguaios no corte e secagem da carne e no curtume de couro, o pequeno povoado passou a abrigar a matança de bois e transformou-se em fornecedor de mercadorias para a capital. Firmou-se posteriormente a agricultura nos capões pequenos, unindo brasileiros, inclusive muitos remanescentes da guerra, e paraguaios no mesmo trabalho.
Nas primeiras décadas, o povoado várzea-grandense cresceu lentamente, sobrevivendo a população da lavoura, abate de reses e fabricação de lenha, além de uma incipiente industria manual, que proporcionavam o comércio com Cuiabá, feito por meio de barcos. Em 1870, em decorrência do nascimento das primeiras crianças do povoado, o governo destinou verba no orçamento para pagar o primeiro professor de Várzea Grande, mestre Bilão.
Com a Proclamação da República, Várzea Grande iniciou sua participação na vida política e partidária do estado, envolvendo-se nas disputas travadas na última década do século XIX entre o coronel Generoso Ponce, os Murtinho, os Paes de Barros e os Corrêa da Costa. Representativo dessas disputas foi o assassinato, em Cuiabá, de Antônio Mendes Moreira, morador de Várzea Grande e partidário de Generoso Ponce, que foi morto pelos adeptos de Totó Paes.
Em 1942, no governo do interventor Júlio Müller, foi inaugurada a primeira ponte unindo Cuiabá e Várzea Grande, o que aumentou significativamente seu comércio com a