História de Saquarema
A mando de D. João III, Martin Afonso de Souza organizou uma frota, composta de duas naus, um galeão e duas caravelas. As embarcações zarparam do Porto de Lisboa em três de dezembro de 1530, chegando à Baia de Todos os Santos, hoje chamada de Salvador, no ano seguinte.
Em março de 1531, Martin Afonso de Souza reiniciou sua viagem para o sul do país. Com o passar dos dias, após contornar a região de Cabo Frio, atracou no costão rochoso localizado em frente ao antigo Morro do Canto, situado próximo a praia da Barra Nova. Nesse local, encontrou um número razoável de selvagens da tribo dos Tamoios, obedientes à chefia de um índio chamado de ”Sapuguaçu” e que chamavam o local onde habitavam de Sacoa-y-rema, que significa “lago sem conchas”.
Outra versão para o nome do município é que os tamoios apelidaram a lagoa de Socó-Rema, que quer dizer bandos de socós (ave pernalta que era vista em abundância na lagoa). Com a evolução da linguagem, passou a chamar-se Saquarema.
Os índios eram ótimos canoeiros e viviam em choças construídas com troncos de árvores e palhas trançadas. Aliados dos franceses, sempre foram combatidos pelo então governador do Rio de Janeiro, Antonio Salêma. Em 4 de agosto de 1575, as forças do governo – que reuniam 400 portugueses e 700 índios – cercaram a aldeia, num lugar hoje conhecido por campo do Maranguá, e travaram lutas cruéis.
Quatro anos depois, o imperador D. João III, buscando uma solução menos dispendiosa para o problema da colonização do Brasil, dividiu o País em capitanias hereditárias. Dessa forma, as terras do atual município de Saquarema passaram a pertencer a Martin Afonso de Souza, como parte da Capitania de São Vicente. Dada a extensão do território da capitania, muitos anos se passaram antes que as terras de Saquarema recebessem os benefícios da civilização. Só em 1594, os padres da Ordem do Carmo obtiveram a doação de algumas sesmarias e iniciaram a construção de um convento que chamaram de Santo