HISTÓRIA DE CAMPO LIMPO PAULISTA
A Emancipação - O longo caminho “Meus senhores, minhas senhoras. Vamos iniciar a sessão de instalação do Município de Campo Limpo”. Com estas palavras, pronunciadas no dia 21 de março de 1965 pelo Dr. Duílio Nogueira de Sá, juiz de Direito e Eleitoral da Comarca, na sede do Nacional A. C., se encerrava o longo caminho, iniciado há 350 anos. O antigo distrito de Jundiaí tornava-se oficialmente o Município paulista de Campo Limpo, e seus moradores “campo-limpenses”.
No início chegaram a ser chamados de campistas, mas não pegou. Do longínquo 1615, ano em que a tradição popular indica como a data em que Rafael de Oliveira e Petronilha Antunes, procurados pela justiça, refugiaram-se na área onde está situada a cidade de Jundiaí, como afirma o historiador Pedro E.Valim, em seu “Álbum dos Municípios de São Paulo”: “...embrenharam-se pelo sertão, e assentaram vivenda onde hoje está a povoação”, passaram-se exatamente 350 anos, o tempo necessário afim de que Campo Limpo, de bairro pertencente a Jundiaí, onde no século XIX, havia o entroncamento de duas estradas de ferro, a SPR e a E. F. Bragantina, que escoavam para o porto de Santos a produção cafeeira da região, se transformasse na dinâmica cidade que hoje conhecemos. Querendo dar um quadro cronológico das diferentes etapas dessa caminhada para a sua emancipação, poderíamos datar o seu início por volta de 1850, quando o Governo Imperial, e a administração provincial, no intuito de modernizar o País com a instalação de uma rede de estradas de ferro, resolveu dar uma garantia de juros, com pagamento em ouro, aos empreendedores desse, pela época, moderno, meio de locomoção.
Foi com esta medida, que garantia o apoio governamental, que Irineu Evangelista de Souza, mais tarde nomeado Barão de Mauá, se propôs a construir a primeira ferrovia da Província de São Paulo. Assim, em 1867, a SPR (S.Paulo Railway), depois de ter assentado seus trilhos partindo de Santos para São Paulo, após