História de Amaro
E diante daquelas dificuldades que se erguiam como as muralhas sucessivas de uma cidadela, voltavam as antigas lamentações: não ser livre! não poder entrar claramente naquela casa, pedi-la à mãe, possuí-la sem pecado, comodamente! Por que o tinham feito padre? Fora “a velha pega” da marquesa de Alegros! Ele não abdicava voluntariamente a virilidade do seu peito! Tinham-no impelido para o sacerdócio como um boi para o curral!
Grande marco do Realismo em Portugal, publicado originalmente em 1875, O crime do padre Amaro é a obra mais polémica de Eça de Queirós que levou a que houvesse grandes protestos por parte da Igreja Católica, não só dentro de Portugal, mas também do próprio Vaticano.
É a obra de Eça que denuncia a corrupção dos padres, que manipulam a população a favor da elite, e a questão do celibato clerical. A obra caracteriza-se pelo combate ao idealismo romântico que se estabelecia até então, em prol de uma visão mais crítica da sociedade e Eça de Queirós terá aproveitado o facto de ser nomeado administrador do concelho de Leiria para aí durante seis meses, conhecer e estudar aquele que seria o cenário de O Crime do Padre Amaro.
É a obra de Eça que denuncia a corrupção dos padres, que manipulam a população a favor da elite, e a questão do celibato clerical. A obra caracteriza-se pelo combate ao idealismo romântico que se estabelecia até então, em prol de uma visão mais crítica da sociedade e Eça de Queirós terá aproveitado o facto de ser nomeado administrador do concelho de Leiria para aí durante seis meses, conhecer e estudar aquele que seria o cenário de O