História das políticas de saúde no Brasil
A crise do sistema de saúde No Brasil está presente no nosso dia a dia podendo ser constatada através de fatos com:
- filas freqüentes;
- falta de leitos hospitalares;
- escassez de recursos financeiros, materiais e humanos;
- atraso no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde;
- baixos valores pagos pelo SUS;
- aumento de incidência e o ressurgimento de diversas doenças transmissíveis;
- denúncias de abusos cometidos pelos planos privados e pelos seguros de vida
Para que possamos analisar a realidade hoje existente é necessário conhecer os determinantes históricos envolvidos neste processo.
1500 Até Primeiro Reinado
Um país colonizado, não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde da população e nem mesmo o interesse, por parte do governo colonizador (Portugal). A atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) e, aqueles que, por conhecimentos empíricos (curandeiros), desenvolviam as suas habilidades na arte de curar.
A vinda da família real ao Brasil criou a necessidade de organização de uma estrutura sanitária mínima. A carência de profissionais médicos era enorme, que no Rio de Janeiro, em 1789, só existiam quatro médicos exercendo a profissão. Essa inexistência médica, fez com que proliferassem os Boticários (farmacêuticos), que tinham como função a manipulação das fórmulas prescritas pelos médicos, mas a verdade é que eles tomavam a iniciativa de indicá- los.
Início Da República 1889 Até 1930
A falta de um modelo sanitário para o país, deixavam as cidades brasileiras a mercê das epidemias. O Rio de Janeiro apresentava um quadro sanitário caótico caracterizado pela presença de diversas doenças graves, como a varíola, a malária, a febre amarela e a peste. Oswaldo Cruz foi nomeado como Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública e se propôs a erradicar a epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro com o modelo campanhista. Em 1904, Oswaldo Cruz institui