História das ciências humanas
Autor: Rodrigo Fonseca e Rodrigues
Fichamento
Aluna: Cíntia Dabés
Do Homem Ideal platônico ao Eu cartesiano: a imagem do sujeito para a ciência moderna
1- Platão como base do pensamento humanista:
- Século IV a. C.: Platão idealizou um projeto inovador de humanização, através de uma pedagógica introjeção de valores “espirituais” (ethos) sobre os apetites dos instintos (pathos);
- Platão não se reportava absolutamente ao individualismo, mas do ser do homem como idéia;
- Homem ideal: humano como um ser político;
- Enreda a existência particular dos indivíduos à efetiva e necessária comunidade de um destino: o projeto platônico buscava aperfeiçoar e fazer do homem e do cidadão uma mesma coisa;
- Desafio: fazer este homem-cidadão, desde a sua infância, descobrir dentro de si próprio as razões determinantes do pensamento e de sua conduta ética e política;
- Diferença entre “regra” - que regularia o comportamento: a lei (exterior) como limite que não pode ser transgredido - e o ethos - que se pensaria como conduta humana, como conhecimento ético gravado, pela educação, no interior do homem;
Distinção entre a indesejável individualidade fortuita e o ethos político do homem ideal residiria num processo consciente de formação cultivada para a vida na pólis; - Formar e aperfeiçoar o homem como um projeto consciente de cultura serviu de base ao humanismo, estopim de toda a história da moderna personalidade européia.
2- Transição da Idade Média à Modernidade – o Humanismo:
- Séculos XIV, XV e XVI: período de transição da Idade Média para a era moderna;
- A meta humanista, de modo geral, não era apenas a de conhecer a natureza específica do próprio homem, mas também de fortalecê-la e potencializá-la; - Leonardo Bruni (1370-1374) propunha um humanismo empenhado política e civilmente. Para ele o homem só se realiza plenamente na dimensão social, tal como o animal político