História da vida privada
O texto a ser discutido aborda sobre as diferentes formas de levar uma vida pública e privada, e as conseqüências de cada.
O primeiro local onde possui princípios de uma vida privada é o lar, que é tido como um espaço protegido que esconde intimidade e é o local em que o indivíduo escolhe quem participará de seu âmbito pessoal e estabelecem vínculos privilegiados. Esse local íntimo que é o lar é ameaçado pelas relações externas a ele, fator este que dá a necessidade de surgimento de uma autoridade pública (do Estado) com o objetivo de delimitar aquilo que não pertence ao público e garantir a proteção ao privado.
O Antigo Regime cria um estereótipo de família domesticada, e que a disciplina do chefe de família assegurava a honra familiar. A infância como sinônimo de rompimento da vida privada se dá em momentos entre a escola e a casa, em que a criança cria laços externos a família e passa a ter uma vida própria declarada e conhecida.
Quanto a mulher do Antigo Regime, sua função na sociedade era ser submissa a sua vida privada, suas tarefas eram totalmente voltadas ao lar e as mulheres eram excluídas das participações exteriores, ou seja, públicas. A mulher deve encarnar a imagem de esposa e mão arraizada pela Igreja e pela sociedade civil para demonstrar fidelidade e boa reputação. Outra função feminina é a de educar as filhar para futuramente exercerem as funções de donas do lar: refinadas e elegantes. Porém, não era bem isso que ocorria. As mulheres possuíam necessidades de interações ‘’extra-lar’’, e por isso encontram formas flexíveis de infringir as normas de seu papel para começar a adquirir uma vida pública, e a primeira forma de tal é ao escolher suas criadas e, com elas compartilhavam sobre sua vida privada. Exemplo: zombavam das maneiras rústicas do marido e falavam mal de seus parentes. Outra forma que as mulheres encontravam para infringir as normas de seu papel era a de independência financeira. Haviam