História da televisão brasileira
Introdução
Seria difícil exagerar a importância adquirida pela televisão no cotidiano brasileiro ao longo das seis décadas de sua existência no país. Diferentemente dos seus primórdios, quando ela era unicamente encontrada nas salas de estar de alguns domicílios privilegiados das classes média e alta urbana, a TV é, atualmente, uma tecnologia ubíqua em todas as camadas da sociedade nacional. Assistir televisão nunca foi tão fácil: ela pode ser vista no ambiente de trabalho, em bares e restaurantes, em aparelhos de telefonia móvel, nos ônibus e táxis, nos computadores pessoais e, naturalmente, em casa. A despeito de algumas previsões pessimistas acerca de seu eminente declínio, especialmente devido à competição com as novas mídias, como a internet e os videogames, a televisão continua tendo presença marcante no cotidiano do cidadão comum. De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, existia, em 2009, praticamente 96 milhões de aparelhos televisores em domicílios no Brasil – número quase quatro vezes maior do que o de computadores com acesso à internet e, surpreendentemente, superior ao de geladeiras. O cenário não é diferente no que se refere ao volume de conteúdo diariamente produzido. Para John Ellis, vivemos na “era da abundância televisiva” (Ellis, 2000).
Primórdios da Televisão Brasileira (Década de 50)
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a ter uma emissora de televisão, e o sexto no mundo, perdendo apenas para Alemanha, Holanda, França, Estados Unidos, e Inglaterra. Após a estagnação mundial no campo televisual por causa da Segunda Guerra Mundial, foi realizada, no dia 18 de setembro de 1950 às 17 horas em São Paulo, a primeira transmissão de imagens Np Brasil pela TV Tupi-Difusora uma emissora do Diários Associados de Assis Chateaubriand. A TV Tupi-Difusora começou transmitindo imagem para apenas 500 aparelhos receptores na cidade de São Paulo, mas com o passar