História da saúde Publica no Brasil
Por volta de 1900, pela falta de saneamento básico no Rio de Janeiro, várias doenças como febre amarela, varíola e peste se espalharam facilmente. Como somente as pessoas ricas tinham condições de obter atendimento médico e os mais pobres dependiam da caridade de atendimentos filantrópicos em santas casas mantidas pela igreja ou da ajuda de benzedeiras, a situação estava se tornando preocupante pois estava começando a interferir no comércio de exportação e importação e na chegada de imigrantes para trabalhar, em sua maioria, nas fazendas de café. Para controle da situação, o presidente convocou Oswaldo Cruz para acabar com as epidemias, que instalou a campanha de vacinação obrigatória. A população ficou cada vez mais indignada pela obrigatoriedade da vacinação e quando surgiu a vacina contra varíola, a população foi a as ruas e deu-se início a Revolta da Vacina. Apesar o fim conflituoso, o sanitarista conseguiu resolver parte dos problemas e colher muitas informações que ajudaram seu sucessor, Carlos Chagas, a estruturar uma campanha rotineira de ação e educação sanitária. Após o afastamento de Oswaldo Cruz pouca coisa foi feita.
Somente depois da vinda de imigrantes europeus para trabalhar nas indústrias e de várias greves trabalhistas voltou à tona a necessidade de um modelo de assistência médica para a classe trabalhista. Então em 1923 foram criadas as Caixas de Aposentadoria e Pensão, instituições criadas mantidas pelas empresas que passaram disponibilizar esses serviços aos seu funcionários e destinadas somente a trabalhadores da zona urbana. Esse modelo só começa a mudar quando, em meados de 1930, Getúlio Vargas assume a presidência do país. Então é criado o ministério da educação e saúde e o modelo das caixas é substituído pelos Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs) que eram dirigidos por entidades sindicais e não mais pelas empresas, e que sempre teve seus recursos usados pelo governo no financiamento da