História da psiquiatria no mundo:
Aristóteles é considerado o verdadeiro pai da psicologia. Estudou as sensações e a inteligência, fez considerações sobre a imaginação, os juízos, o raciocínio e a memória e emitiu a opinião de que as operações psíquicas constituíam funções dos órgãos materiais. Sócrates foi o primeiro a defender a supremacia da faculdade do "pensamento", que considerava a melhor via para se chegar ao "conhecimento de si próprio". Devem-se às cultura gregas muitos dos principais conhecimentos sobre a natureza dos fenômenos psicológicos. Daí a razão para muitas das designações e terminologias universalmente usadas em psiquiatria, tais como esquizofrenia, paranoia, oligofrenia.
Nos próximos séculos, porém, a psiquiatria novamente deixou-se contaminar por conceitos teológicos revestindo-se novamente de caráter místico. Conforme o cristianismo difundia-se, paralelamente ampliava-se a superstição de que a doença psíquica representava manifestação da ira divina. Na Idade Média as doenças mentais eram julgadas como sendo possessão de espíritos demoníacos e as formas terapêuticas eram dadas por esconjuros e exorcismos. De forma contrária, surge na Europa no fim do primeiro milênio os primeiros "asilos" ou hospitais para doentes mentais, o conceito foi degradado e os doentes eram recolhidos para Hospícios.
As idéias humanistas da Revolução Francesa combatendo a degradante concepção das doenças mentais tiveram seu ápice no gesto do médico francês Philippe Pinel (1745-1826). Pinel era diretor do manicônio de Bicêtre, nos arredores de Paris. As idéias de Pinel foram publicadas no seu Tratado médico-filosófico sobre a alienação mental, que pode ser considerado como o primeiro livro anti-psiquiátrico . Seus estudos e reformas constituíram a Primeira revolução psiquiátrica, introduzindo os conceitos de moral e liberdade.
História da psiquiatria no Brasil:
Dois fatos, segundo Paim (1991), foram marcantes para o surgir dos primeiros trabalhos ligados à