História da psicologia social ii
Falaremos aqui da historia da psicologia social no Brasil e no Ocidente. Propomos revisar os critérios constituídos para os relatos históricos que quase sempre se resumem ao mundo dos atores e das idéias e não às instituições e fatos que marcaram os destinos e trajetórias da psicologia social no Ocidente. O privilegio do positivismo vem em decorrência da crença de alguns pesquisadores de que a definição de pensamento científico praticamente se resume ao método ou ao caminho para se estudar algum objeto ou fenômeno, no caso o método experimental. Abordamos o florescimento da psicologia social moderna como um fenômeno caracteristicamente norte-americano, embora suas raízes sejam européias. Procuraremos através da historia da psicologia social, mostrar que fatos presentes acabam por ressignificar o passado e, consequentemente, modificar o presente. O processo histórico é continuo, mas não linear. Não é uma linha reta, muito ao contrario, possui idas e vindas, desvios, avanços e recuos, inversões etc.
Três pontos importantes para a história da psicologia social: primeiro, resgataremos alguns pontos fundamentais da história dando ênfase o que foi chamado de o “repudio positivista de Wundt”. Em segundo, tentaremos mostrar que a história da psicologia social narrada até o momento passa por uma filosofia da ciência vinculada com o positivismo. Finalizando com a perspectiva de narrativa histórica da psicologia social. Com isso o presente texto enfoca a historia da psicologia social através de um olhar critico sobre o desenvolvimento da própria psicologia social.
O repúdio positivista de Wundt: estabeleceu três objetivos para sua carreira profissional, sendo que ao final de sua vida cumpriu aquilo a que se propôs. Seu primeiro objetivo era a construção de uma psicologia experimental ou também conhecida como o projeto wundtiano de estabelecer um projeto de psicologia como ciência independente. Seu segundo objetivo era a criação de uma metafísica