História da Psicologia Escolar no Brasil
Um dos primeiros movimentos da Psicologia Escolar no século XIX estava ligado aos trabalhos realizados por Stanley Hall, nos Estados Unidos, destacando-se o artigo publicado por ele: “O conteúdo da mente das crianças quando ingressam na escola” (1882), e o surgimento de clínicas e revistas de divulgação de pesquisas ligadas à área da psicometria (vínculo entre ciências exatas e psicologia – principalmente estatística) e da psicologia experimental.
Na Europa destacava-se a psicologia escolar da França, caracterizada principalmente pela intervenção psicológica aos alunos com necessidades escolares especiais e pelos trabalhos realizados por Alfred Binet, que focalizava o desenvolvimento de instrumentos psicométricos capazes de avaliar à inteligência humana.
Essas duas psicologias foram as principais fontes de influência para a psicologia escolar no Brasil. A psicologia escolar no Brasil se configurou menos como ciência experimental e mais como um campo de aplicação na medicina e educação, voltada para o trabalho técnico, aplicando teorias desenvolvidas nos Estados Unidos e Europa.
A psicologia desenvolveu-se no Brasil principalmente para atender problemas da educação, como formação de professores, mas não como área específica de atuação em psicologia escolar. Com isso, foram criados vários laboratórios ligados às escolas normais, onde eram desenvolvidas pesquisas junto aos alunos com necessidades especiais e dificuldades de aprendizagem.
Durante a República Velha (1889-1930), começaram a serem utilizados instrumentos psicológicos na medição e classificação de indivíduos em instituições médicas e educacionais em grande escala, demonstrando uma grande influência da psicologia norte-americana.
A psicologia escolar no Brasil, em seu início, evidenciou um caráter clínico e terapêutico das intervenções realizadas, com destaque ao livro de Franco (1915): “Noções de pedagogia experimental”, que trazia reflexões sobre as