História da propaganda
A década de 80 não traria novas revoluções dos costumes, nem seria uma década de rompimento com nossos antepassados, seus dogmas, seus valores, como foram nos anos 70. Em compensação, seria a década da mais rápida, radical, definitiva transformação econômico-política internacional de que se teve notícia no século. A década de 80 foi também a época da grana. Ser rico deixou de ser pecado. Os yuppies, geração de jovens executivos e empreendedores em busca indiscriminada de fama e dinheiro, deram o tom na administração dos negócios. Assim, grandes fortunas não pararam de crescer e aparecer. Em contrapartida, A Aids foi a doença da década, e foi diagnosticada em 1981. Na década de 80, os militares foram, definitivamente, afastados do poder no Brasil. Ainda no início, enfiaram a mão forte onde puderam. Houve o incidente Riocentro (1981), quando militares me roupas civis, fora, destroçados por uma bomba interior de um Puma. As investigações não levaram a nada, não prenderam ninguém. Nesse período, a propaganda, enquanto setor, marcou passo. Em raros momentos, o faturamento publicitário conseguiu bater expressivamente a gira galopante da inflação do período. Mas muita coisa rolou por baixo dessa ponte, a qual demoraram dez anos para atravessar. O começo dos anos 80 seria também o início do amadurecimento do mercado editorial brasileiro, em termos mercadológicos. Começaria aí, o fenômeno da segmentação, e uma série de mudanças editoriais. A revista Pop, já francamente segmentada, dirigida ao público jovem e trazendo matérias de rock e música, passaria a incluir reportagens sobre esportes, comportamentos, etc. As revistas masculinas de maior circulação (Playboy, Ele & Ela e Status)incluíam artigos, reportagens e dicas de boa mesa, etc. Em 1980, a revista Isto É fez 4 aninhos, passando pela reformulação gráfica. Também foi nesse ano, que a televisão brasileira