História da Podologia
. Com o passar dos tempos, os desnivelamentos e acidentes geográficos de terrenos afetaram as extremidades inferiores, provocando má formação e infecções. Houve a necessidade de recorrer a práticas rudimentares para manter o equilíbrio e facilitar a locomoção em condições seguras. Esta é uma das profissões mais antigas do mundo e foi batizada com os mais diversos nomes no decorrer da história.
Em 54 DC, na época da perseguição ao cristianismo, Cayus era soldado de Nero e calista oficial de sua esposa, Popea. Cayus devia realizar o trabalho com extrema eficácia nos pés de Popea, pois a mesma era conhecida como uma pessoa de péssimo humor para com seus criados. No Egito, existe uma pirâmide que retrata um calista tratando de um paciente. Os soldados romanos, ao voltarem dos campos de batalha, entregavam seus pés aos “quitacalos”
Em 1600 cresce o número de podólogos (calistas) e barbeiros-cirurgiões, como descrito por Cervantes em "O Juiz e o Divórcio" e evidenciados nas pinturas de "maestros flamengos", que mostram verdadeiras cenas de podologia (do grego podos = pé / logos = estudo), entre as quais duas telas do célebre pintor holandês Brouwer, de 1635, que levam os títulos "Operação do Pé" e "Charlatán de La Ville", chamada assim porque nessa época o podólogo era um tipo de mercador e oferecia seus serviços nas ruas, praças, feiras e mercados.
Por volta de 1700, também a literatura começou a se ocupar da podologia e surge o livro intitulado"L'art de Soigner Lês Pieds", escrito pelo francês Laforest, mais conhecido como "o calista". Traduzido para o inglês com o título "Quiropodologia", foi o primeiro livro de consultas em esclarecimentos sobre calos, verrugas, hiperqueratoses (calosidades), infecções das unhas e ilustrações de instrumentos usados até o início deste século.
Os homens passaram a se beneficiar da profissão do "calista" e, até mesmo Luiz XVI e Maria Antonieta consideravam os podólogos em sua corte.